O
MODERNISMO BRASILEIRO
O Modernismo foi uma tendência vanguardista que
rompeu com padrões rígidos e caminhou para uma criação mais livre, surgida
internacionalmente nas artes plásticas e na literatura no final do século XIX e
início do século XX. Foi uma reação às escolas artísticas do passado. Como
resultado, desenvolveram-se novos estilos, entre eles o Expressionismo, o
Cubismo, o Dadá, o Surrealismo e o Futurismo.
No Brasil, o termo identifica o movimento
desencadeado pela Semana de Arte Moderna de 1922. De 11 a 18 de fevereiro
daquele ano, conferências, recitais de música, declamações de poesia e
exposição de quadros, realizados no Teatro Municipal de São Paulo, apresentam
ao público as novas tendências das artes do país. Seus idealizadores rejeitam a
arte do século XIX e as influências estrangeiras do passado.
SEMANA
DE 22
A
Semana, na verdade, foi a explosão de idéias inovadoras que aboliam por
completo a perfeição estética tão apreciada no século XIX. Os artistas
brasileiros buscavam uma identidade própria e a liberdade de expressão; com
este propósito, experimentavam diferentes caminhos sem definir nenhum padrão.
Isto culminou com a incompreensão e com a completa insatisfação de todos que
foram assistir a este novo movimento. Logo na abertura, Manuel Bandeira, ao
recitar seu poema Os sapos, foi desaprovado pela platéia através de muitas
vaias e gritos.
Os
artistas buscavam temas nacionalistas procurando uma identidade própria. E os
principais objetivos eram:
Acertar os
ponteiros das expressões artísticas com a modernidade da época;
Romper com os
padrões clássicos;
Apresentar correntes
artísticas (futurismo, dadaísmo, expressionismo, surrealismo e cubismo);
Buscar o
antropofagismo (na arte, absorver as influências estrangeiras e recriá-las com
elementos da cultura nacional);
Criar uma arte
puramente brasileira.
ARTISTAS MODERNOS
Anita Catarina
Malfatti;
Di Cavalcanti;
Lasar Segall;
Tarsila do
Amaral;
Candido
Portinari
Ismael Nery;
Oswald de
Andrade;
Mario de
Andrade;
Manuel Bandeira;
Heitor
Vila-Lobos
As fases do Modernismo
O movimento modernista no Brasil contou com duas fases:
a primeira foi de 1922 a 1930 e a segunda de 1930 a 1945. a primeira fase
caracterizou-se pelas tentativas de solidificação do movimento renovador e pela
divulgação de obras e ideias modernistas.
Os escritores de maior destaque dessa fase defendiam estas
propostas: reconstrução da cultura brasileira sobre bases nacionais; promoção
de uma revisão crítica de nosso passado histórico e de nossas tradições
culturais; eliminação definitiva do nosso complexo de colonizados, apegados a
valores estrangeiros. Portanto, todas elas estão relacionadas com a visão
nacionalista, porém crítica, da realidade brasileira.
Várias obras, grupos, movimentos, revistas e
manifestos ganharam o cenário intelectual brasileiro, numa investigação
profunda e por vezes radical de novos conteúdos e de novas formas de expressão.
Entre os fatos mais importantes, destacam-se a
publicação da revista Klaxon, lançada para dar continuidade ao processo de
divulgação das ideias modernistas, e o lançamento de quatro movimentos
culturais: o Pau-Brasil
e a Antropofagia.
Esses movimentos representavam duas tendências ideológicas distintas, duas
formas diferentes de expressar o nacionalismo.
O movimento Pau-Brasil defendia a criação de uma
poesia primitivista, construída com base na revisão crítica de nosso passado
histórico e cultural e na aceitação e valorização das riquezas e contrastes da
realidade e da cultura brasileiras.
A Antropofagia, a exemplo dos rituais antropofágicos
dos índios brasileiros, nos quais eles devoram seus inimigos para lhes extrair
força, Oswald propõe a devoração simbólica da cultura do colonizador europeu,
sem com isso perder nossa identidade cultural.
Manifesto
Antropofágico
Publicado na
Revista Antropofagia (1928), propunha basicamente a devoração da cultura e das
técnicas importadas e sua reelaboração com autonomia, transformando o produto
importado em exportável. O nome do manifesto recuperava a crença indígena: os
índios antropófagos comiam o inimigo, supondo que assim estavam assimilando
suas qualidades.
A idéia do manifesto
surgiu quando Tarsila do Amaral, para presentear o então marido Oswald de
Andrade, deu-lhe como presente de aniversário a tela Abaporu (aba =
homem; poru = que come).
Estes eventos da
Semana de Arte Moderna foram o marco mais caracterizador da presença, entre
nós, de uma nova concepção do fazer e compreender a obra de arte.
O
Abaporu, Tarsila do Amaral
http://universosdarte.blogspot.com.br/2011/08/o-modernismo-no-brasil.html.
http://redes.moderna.com.br/category/planejar-2012/page/3/
http://www.brasilescola.com/literatura/o-modernismo-no-brasil.htm
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